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As imagens mostram Rafael dirigindo uma viatura furtada e sendo perseguido por uma guarnição da Polícia Militar. Ele acessou uma rua sem saída, desembarcou do carro, entrou no córrego e tentou correr. Mas os soldados Duarte e Andrade atiraram várias vezes.

Os disparos atingiram o abdômen, a coxa esquerda, o flanco esquerdo e a perna direita de Rafael. Ele ficou caído, encostado a um barranco no córrego. O soldado Jefferson Silva se aproxima e pula na barriga dele, que apresentava sangramento devido ao ferimento causado pela arma de fogo.

Homem foi baleado quatro vezes por PMs e ficou caído no córrego
Homem foi baleado quatro vezes por PMs e ficou caído no córrego Imagem: Reprodução

A vítima, depois, foi arrastada até a margem do córrego, carregada e encostada na parede externa de uma casa. A janela da residência é fechada por um PM. Os militares chamam Rafael de ladrão e xingam ele de trouxa. Ele pede desculpas, mas um dos militares não aceita.

Uma unidade de resgate foi chamada e Rafael levado ao Hospital Tide Setúbal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Um médico conversou com a mãe dele, Maria das Graças Tavares, e explicou que corpo do filho apresentava ao menos dez perfurações provocadas pelos tiros. A mulher se desesperou.

Segundo Maria Teresa, o filho era dependente químico, tomava remédios controlados, fazia tratamento psiquiátrico e nunca andou armado. Ela diz ainda que internou Rafael várias vezes e que os PMs poderiam tê-lo prendido, em vez de matá-lo.