Entretanto, o medo da rejeição ainda afeta algumas mulheres, especialmente as da geração Z (18-25 anos), das quais 41% hesitam em dar o primeiro passo. Ainda assim, o foco tem mudado: 49% afirmam que sua prioridade é o bem-estar e o desenvolvimento pessoal, enquanto 25% colocam a carreira como principal objetivo —especialmente até os 35 anos.
Outro ponto relevante é que 53% das mulheres reconhecem a influência dos papéis de gênero tradicionais nos relacionamentos, o que mostra que os resquícios de uma cultura machista ainda impactam suas vivências. No entanto, as mulheres estão mais atentas e exigentes: 90% afirmam que já pararam de falar com um “crush” por conta de posicionamentos machistas, e 84% dizem que elevaram seus critérios para relacionamentos nos últimos anos. Entre os principais fatores para essa mudança estão aprendizados de relações passadas (48%) e o maior acesso a informações sobre relacionamentos saudáveis (25%).
Movimentos sociais e tendências digitais também têm papel crucial nessa nova dinâmica: 66% das usuárias acreditam que discussões como “boy sober” (homens sóbria de garotos, em livre tradução) e “women in male fields” (mulheres em setores dominados por homens) impactam positivamente a forma como elas se relacionam.
Os dados mostram um cenário de mudança, em que as mulheres estão cada vez mais conscientes de seu valor e exigindo parcerias saudáveis e respeitosas. É um progresso significativo, reflexo das lutas travadas ao longo das décadas e do acesso à informação, que amplia horizontes e fortalece decisões.
Neste 8 de março, mais do que celebrar, é essencial reforçar a importância da luta por uma sociedade verdadeiramente igualitária. As conquistas são notáveis, mas o caminho ainda exige perseverança. Que possamos continuar construindo um mundo onde ser mulher não implique desafios extras, mas sim liberdade para ser quem se é, com autonomia, respeito e equidade.