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Agora detido na Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, Marlon Brandon Coelho Couto da Silva, conhecido como MC Poze do Rodo, prestou depoimento, mas não deu detalhes sobre o possível envolvimento dele com o CV (Comando Vermelho), segundo fontes ouvidas pela coluna. Ao ser transferido para a unidade prisional, o funkeiro disse que está sendo vítima de perseguição. Mas o contexto da detenção pela polícia não se deu apenas por causa das letras das músicas que fazem apologia ao crime, mas, sim para tentar entender como são as celebrações dos contratos para as apresentações do cantor em áreas dominadas pelo tráfico de drogas do CV.

O próximo passo da Polícia Civil é avançar na investigação convocando os responsáveis de ao menos 10 produtoras que teriam feito a ponte entre MC Poze e traficantes do Rio para a realização dos shows em meio a imagens de criminosos exibindo armas e ostentando joias. Para a polícia, há evidências de que se trata de lavagem de dinheiro nessas negociações. Os investigadores querem avaliar os contratos firmados, quantias pagas e como os contratantes obtiveram recursos para tal. Dessa maneira, diferentes apurações devem avançar na tentativa de buscar elementos que provem a ligação do funkeiro com a organização criminosa.

MC Poze também terá que, provar por meio de notas fiscais, a compra das joias usadas e exibidas tanto em shows, como também para seus mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais. A polícia também aponta que muitas delas fazem apologia ao crime. Além das correntes e outros adereços, também foi apreendido um carro BMW X6, avaliado em R$ 1 milhão, por modificação da cor preta para vermelha sem alteração no documento.

Além dos seguidores do funkeiro de 26 anos que expressaram apoio a ele após a prisão, o rapper Oruam se manifestou por meio das redes sociais considerando Poze “um exemplo”. Na manifestação, ele diz: “O Estado gosta de envergonhar. Algemaram ele, nem precisa disso. O cara é exemplo para várias pessoas. Todo mundo sabe que isso é uma mentira. Ele é cantor de baile de favela, não é envolvido com facção. Maior covardia. Por isso que ‘nós é’ revoltado”. Oruam também chegou a ser preso em flagrante por direção perigosa em fevereiro deste ano durante uma blitz. Ele foi autuado e saiu após o pagamento de fiança.

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O secretário da Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, participou de uma coletiva de imprensa nesta manhã. Ele destacou que a corporação trabalha para combater a propagação do crime organizado feita por influenciadores digitais e “falsos” artistas, enfatizando que o suspeito transformou a música em um instrumento de disseminação do crime. A coluna aguarda o retorno da defesa do MC Poze para manifestação, por isso o espaço segue aberto para atualização.