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O caminho em que autoridades governistas buscarão essa aproximação são políticos do Nordeste, região onde Lula teve votações mais expressivas e onde, portanto, tem mais apelo para negociações políticas.

O PL, partido do próprio Bolsonaro, enfrentará dilemas pela frente, inclusive pelo indiciamento também de seu presidente, Valdemar Costa Neto. A legenda tem a maior bancada da Câmara, mas suas maiores lideranças terão meses de tensão com o eventual avanço do inquérito policial.

Os indiciados

A PF indiciou, além de Bolsonaro e Costa Neto, outros militares centrais na trama golpista como os generais Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice em 2022, e Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.

Também foram incluídos na lista final da PF nomes que foram autoridades no governo Bolsonaro. Entre eles estão o general Mario Fernandes, que chegou a ser ministro da Secretaria-Geral da Presidência, o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, e Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira, ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesa.

Da assessoria mais próxima de Bolsonaro foram indiciados Marcelo Câmara, Mauro Cid, Tércio Arnaud (do gabinete do ódio) e Filipe Martins.