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Quem negocia em nome da UE é a Comissão Europeia, mas uma aprovação final depende dos governos nacionais. Para os europeus, um dos possíveis cenários seria fechar o acordo até sexta-feira, no âmbito técnico, e permitir que um acordo seja oficialmente anunciado entre os dias 5 e 6 de dezembro, na cúpula do Mercosul.

Um abaixo-assinado com 150 mil nomes ainda será entregue pelo Greenpeace, pedindo que o Parlamento vote uma moção de censura contra a UE.

A declaração do governo ocorre num momento em que as ruas de diversos países europeus são testemunhas de protestos por parte de agricultores, diante da a perspectiva de uma abertura para os produtos agrícolas do Mercosul.

Se confirmado, o acordo permitiria a entrada de 60 mil toneladas de carnes do Mercosul por ano na UE.

Ainda no ano passado, o presidente da França, Emmanuel Macron, alegou em encontro com Lula que um acordo poderia aprofundar a irritação dos produtores franceses e joga-los no colo da extrema direita. Ou seja, optariam por um discurso nacionalista nas eleições de 2025. Na França, a extrema-direita tem adotado uma postura contrária ao acordo.

Enquanto isso, a diplomacia da França tenta organizar um bloco dentro da UE para tentar impedir que o acordo, mesmo assinado pela Comissão Europeia, possa ser ratificado.