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O governo desembrulhou, finalmente, o pacote de medidas para ajustar as contas nacionais. No esforço para atingir o equilíbrio fiscal, incluiu no bololô dos cortes privilégios dos militares e políticas públicas destinadas a brasileiros pobres. Salvaram-se da tesoura a oligarquia política e a plutocracia empresarial.

Vão ao Congresso projetos que reduzem, por exemplo, despesas com o salário mínimo, o abono salarial e verbas educacionais do Fundeb. Os benefícios do Bolsa Família e as pensões para velhos e deficientes do BPC terão regras mais restritivas. Estima-se uma economia de R$ 71,9 bilhões em dois anos.

Nada de cortes nos R$ 50 bilhões das emendas de deputados e senadores. Nenhum talho nos chamados gastos tributários, que privam a Receita Federal de recolher cerca de R$ 520 bilhões por ano. Alega-se que será proibido criar, ampliar ou prorrogar benefícios tributários. A conversa mole seria levada a sério se viesse acompanhada de uma revisão imediata de isenções escandalosas, incentivos ineficientes e mimos tributários criativos.