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Com “Moana 2”, contudo, a queda brusca de qualidade é visível: a trama é derivativa e sem impacto emocional, os personagens são mal desenvolvidos e profundamente irritantes e a magia, aquele predicado etéreo que torna a experiência inesquecível, simplesmente não está lá.

O que resta é um filme burocrático e convencional que procura, sem muita sutileza, repetir os passos de seu antecessor. Três anos se passaram desde que Moana recuperou o coração da deusa Te Fiti e estreitou sua conexão com o oceano. Ainda assim, ela segue inquieta, mais confortável velejando em busca de outros povos do que ao lado de sua família.

'Moana 2' traz a heroína de volta ao mar
‘Moana 2’ traz a heroína de volta ao mar Imagem: Disney

Uma visão de seu ancestral, o explorador Tautai Vasa, mostra que a ausência dessas outras culturas é resultado da ação de Nalo, deus maligno que eras atrás afundou uma ilha mística e cortou a conexão de todas as nações. Se Moana não encontrar esse lugar oculto e restaurar o equilíbrio, seu povo está fadado a desaparecer. Ela então reúne uma tripulação hesitante e parte em mais uma aventura.

A animação em “Moana 2” continua deslumbrante. O roteiro, porém, abre mão de qualquer nuance para adotar uma métrica de videogame velho: a narrativa se resume a fases a ser atravessadas sem crescimento para os protagonistas.

Não ajuda o fato de os coadjuvantes serem rasos, seu “desenvolvimento” reduzido a um traço cômico —temos Loti, a engenheira sabichona; Moni, o artista deslumbrado; e Kele, o ancião rabugento.