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“É como se ela sempre fosse do lado sujo da pista, do lado de dentro da curva 1, e Senna tivesse tentado mudar porque estava na pole na decisão do campeonato. A história não é bem essa, é algo que vinha de algum tempo, mas imagine alguém que não estava lá, tentando recriar uma narrativa já construída.”

Outro ponto ao mesmo tempo complicado e importante para Álvaro era dar voz ao grande rival de Senna, Alain Prost. E aí vem a grande vantagem de fazer uma peça de ficção e não um documentário, porque é possível mostrar situações das quais não há imagens mas, sim, relatos de quem esteve lá.

Um momento capital da relação dos dois é um ótimo exemplo disso: o acordo que Senna e Prost tinham em 1989 e que teria sido quebrado pelo brasileiro no GP de Imola. “Isso nos deu a possibilidade de contar momentos que podem ser muito complexos, que podem estar faltando de muitos pontos de vista e a gente conseguiu colocar isso na narrativa de uma forma que eu acredito, e espero que todo mundo acredite, que foi muito justa com todas as partes que estavam ali. Essa parte da relação com o Prost é muito complicada.

Por que Senna está na moda?

São histórias que aconteceram há mais de 30 anos e que não foram revisitadas de maneira tão intensa quando a morte de Senna completou 10, 20, 25 anos. A Fórmula 1 vive um intenso processo de renovação de sua audiência, especialmente depois que outra série da Netflix, “Dirigir para Viver”, fez sua estreia em 2020. São jovens e adolescentes curiosos para saber mais sobre essa figura que se tornou quase mítica no esporte, e que estava na vanguarda ao unir o esporte a valores que são importantes para essas novas gerações.

Até porque Senna era extremamente competitivo, mas ao mesmo tempo queria usar sua posição de privilégio para chamar a atenção do que acontecia, especialmente no Brasil, fora das pistas.