Mas para Aliénor Laurent, porta-voz da associação feminista francesa Osez le féminisme! (Ouse o feminismo, em português), abolir um concurso de beleza como o Miss Holanda ou o Miss França é um passo na direção certa. “Precisamos acabar com essa sociedade de mulheres como objetos do patriarcado, a representação das mulheres como ela ainda é feita”, disse a porta-voz feminista.
“Substituir um concurso de beleza por uma mostra anual de mulheres inspiradoras, como na Holanda, ainda não é satisfatório. Seria mais eficaz destacar as mulheres nos programas de estudo das escolas e na arena pública. Não deveríamos nos surpreender ao ver mulheres inspiradoras”, acrescentou Laurent.
Júri 100% feminino
Presidido este ano pela cantora Sylvie Vartan, o júri do Miss França 2025, mais uma vez 100% feminino, inclui a campeã olímpica Marie-José Pérec, a apresentadora e estilista brasileira Cristina Cordula, a dançarina Fauve Hautot, a comediante Nawell Madani, a pianista Khatia Buniatishvili e a ex-Miss França Flora Coquerel. Convocado ao palco pela trigésima vez consecutiva, o incansável apresentador Jean-Pierre Foucault, de 77 anos, será o mestre de cerimônias do concurso, com o tema “Le grand bal des Miss” (O grande baile das misses, em português).
As 30 candidatas que disputam a coroa de Miss França incluem Manon Le Maou, 28 anos, oficial de polícia, Miss Franche-Comté 2024; Romane Agostinho, 27, Miss Auvergne, médica osteopata de animais; e Mélissa Atta Bessiom, 25, Miss Pays-de-la-Loire, gerente de projetos de inteligência artificial em um grupo francês de produtos de luxo.
(Com AFP)