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“É Assim que Acaba”, a história escrita por Colleen Hoover, trata de um caso sutil de violência doméstica. Um homem entra em cena chutando uma cadeira, violentamente. Segundo depois, percebe uma mulher no local e vira de ogro a um sedutor. “Já funcionou alguma vez?”, ela questiona. “Com todas”, ele diz.

A trama é uma receita dos relacionamentos tóxicos hollywoodianos —homem rico, bonito e extremamente sexy conquista e, aos poucos, vai mostrando quem é. No livro, que figura entre os mais vendidos de ficção no mundo há anos, uma receita do que a mulher deve fazer. A partir da clareza de que a escalada de violência não tem retorno, a protagonista, Lilly (Blake Lively) dá um basta e sai fora do próprio casamento. É preciso, no entanto, de uma dose de coragem para não cair no papinho do cara de que foi só aquela vez, e que, quando ele se arrepender, aquilo nunca mais vai acontecer. Às vezes é preciso de cicatrizes para enxergar. Pena.

O filme foi lançado em julho e fez barulho. A linha condutora de marketing é certeira: homens, como o protagonista e diretor Justin Baldoni, encabeçariam a lista dos homens militantes alertando sobre a violência masculina. O bom-mocismo, entretanto, poderia estar estremecido por um suposto fato que aconteceu nas gravações e agora foi denunciado por Blake Lively. Lá no set, segundo ela, ele cometeu assédio sexual —forçava vê-la nua durante a maquiagem corporal, por exemplo, e beijava por mais tempo do que era necessário. Posteriormente, alegam os advogados, difamação orquestrada nas redes sociais contra Blake de modo a virar a internet contra ela. Segundo o processo, Baldoni quis se precaver do fato dela não aparecer ao seu lado na divulgação do filme. Se fosse ela a vilã online, ele não corria riscos, certo?