Medidas foram tomadas para protegê-la no set, e ela continuou as filmagens. Na hora do lançamento, porém, se recusou a aparecer em eventos promocionais ao lado de seu assediador.
A principal bandeira do filme é a luta contra a violência doméstica. Enquanto Lively divulgava a produção usando vestidos florais e evitando o assunto, Baldoni abraçou a bandeira de proteção das mulheres e se firmou como grande aliado do feminismo — ele já havia se posicionado, anos antes, como um apoiador do Me Too.
Por trás do tapete vermelho, contratou uma agressiva empresa de relações públicas com um único objetivo: destruir a reputação de Blake Lively. Documentos aos quais o jornal americano teve acesso mostram que a estratégia incluía manipulação da mídia e o uso massivo das redes sociais.
A especialista em gerenciamento de crise paga por Baldoni, Melissa Nathan, garantiu a ele: “Podemos enterrar qualquer pessoa”.
Ela tinha um bom currículo por trás dessa promessa: foi uma das contratadas pelo ator Johnny Depp para os ataques em série contra Amber Heard, atriz que o acusou de violência física e sexual.
Em ambos os casos, Melissa Nathan entregou o produto: suas campanhas fizeram reverberar um intenso e agressivo discurso de ódio direcionado às duas mulheres, protegendo assim a reputação dos seus pagadores.