A região, que fala predominantemente russo e fica na fronteira da Moldávia com a Ucrânia, separou-se da Moldávia na década de 1990. Ela vinha recebendo gás russo por meio da Ucrânia e, com isso, produzia a sua eletricidade.
O canal oficial do governo da Transnístria no Telegram disse que o fornecimento de energia elétrica seria cortado por três horas em muitos bairros, entre as 14h (no horário local, 9h em Brasília) e as 17h.
O autodeclarado presidente do enclave, Vadim Krasnoselsky, disse que os cortes eram inevitáveis. Ele afirmou que a região tem reservas para cobrir dez dias de uso limitado no norte, e o dobro disso no sul. O político não informou se há outros planos para obter o produto depois desses prazos.
Neste sábado, Krasnoselsky afirmou no Telegram que os apagões podem durar até quatro horas no domingo.
A Rússia nega estar usando o gás como arma para atrair a Moldávia, e culpa Kiev por se recusar a renovar o acordo de trânsito.
A Moldávia obtém cerca de 60% do gás que precisa da Romênia, produzindo o restante. Mas os cortes da Transnístria são um problema para o país, pelo fato de o enclave abrigar uma usina que produz a maior parte da energia das áreas controladas pelo governo, a preços fixos e baratos.