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Fim da checagem de fatos, porque os checadores são “muito enviesados politicamente”;

Retorno à promoção de conteúdo político (no caso, da extrema direita, que sabe surfar a economia de atenção das redes), porque as pessoas “as pessoas estão sentindo falta”;

Liberação de conteúdos sobre gênero e imigração (atualmente, diz Zuck, as plataformas estão “fora de contato” com as conversas que rolam na sociedade).

Sob a máscara de “promoção da livre expressão”, o próprio Zuckerberg reconhece que uma “série de coisas ruins vão passar [a ser liberadas]”, porque hoje existem “muitos erros e muita censura”.

Ao dizer que “pessoas inocentes têm conteúdos censurados”, faz caricatura das leis e normas de regulação, que preveem gradualidade nas sanções (diversos tipos de alerta antes de suspensão ou de eventual exclusão) e escrutínio mais rigoroso para contas grandes (pessoas com maior probabilidade de causar dano social). O “cidadão comum” nunca esteve sob qualquer tipo de ameaça pela regulação.

Ao mencionar o resultado das eleições americanas como dínamo do cavalo de pau, Zuckerberg deixa claro que suas motivações são políticas. Ajoelhar-se diante de Trump significa trabalhar em uma versão própria do imperialismo falacioso do Make America Great Again.