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O regime de Cuba começou nesta quarta-feira (15) a libertar presos políticos acusados de diversos crimes, conforme o regime teria se comprometido após o anúncio de que a ilha foi retirada da lista de patrocinadores do terrorismo dos Estados Unidos, informaram à agência de notícias AFP familiares de prisioneiros e uma ONG de defesa dos direitos humanos.

Antes disso, na terça (14), as autoridades cubanas afirmaram que o país libertaria 553 pessoas devido à decisão do presidente Joe Biden, que contou com a mediação do Vaticano.

“Recebemos uma ligação à noite para irmos hoje à prisão. Entramos às 7h, e às 7h30 ela foi libertada”, afirmou Rosabel Loreto, referindo-se à sua sogra Donaida Pérez Paseiro, 53, que estava detida na província de Villa Clara, condenada a oito anos de prisão por participar das históricas manifestações de 11 de julho de 2021.

“Para que Cuba fosse tirada da lista de países terroristas, nós fomos sua moeda de troca”, disse Donaida. Em vídeo publicado nas redes sociais, ela prometeu que continuará “lutando pela liberdade de Cuba”.

Uma outra mulher que teve o marido e a filha presos em manifestações indicou, sem querer revelar sua identidade, que recebeu “uma ligação da segurança do Estado” e que sua filha foi libertada nesta quarta em Havana. A ONG Justicia11J —cujo nome faz referência aos protestos do dia 11 de julho—, com sede no México, anunciou na plataforma X a libertação de outra detida.

As autoridades cubanas não deram detalhes sobre a iniciativa, nem divulgaram uma lista de nomes. Também não confirmaram o início das libertações.

Pela manhã, familiares e amigos começaram a publicar nas redes sociais os nomes dos prisioneiros libertados. Após o meio-dia, cerca de uma dezena de detidos estava em liberdade, de acordo com pessoas próximas do assunto. A maioria são manifestantes encarcerados após os protestos antigoverno de 2021, os mais importantes desde a Revolução Cubana de 1959.