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“Estamos fazendo um movimento dessa envergadura, reunindo todas essas entidades, apenas para tentar evitar um retrocesso. Não estamos sequer falando em um aumento da representatividade feminina no STJ”, afirmou à coluna a juíza Ellen Priscile Evangelista Xandu, do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul e uma das coordenadoras do Paridade no Judiciário.

Quando a ministra Rosa Weber se aposentou do Supremo Tribunal Federal, Lula escolheu para sua vaga o ministro Flávio Dino. Por conta disso, a ministra Carmen Lúcia é hoje a única mulher no STF. O tribunal tem 11 ministros.

Na carta endereçada ao presidente, entidades como Amigas da Corte, Mulheres na Política, Grupo Mulheres do Brasil, entre outras, citam esses episódios e afirmam que o Brasil tem hoje um dos piores índices da região em participação de mulheres no Judiciário.

“A substituição de dois homens nas 2 cadeiras do Superior Tribunal de Justiça antes ocupadas por mulheres, se concretizada, consubstanciar-se em inegável retrocesso, inclusive no tocante à imagem de nosso País junto a comunidade internacional. Tal qual ocorreu no Supremo Tribunal Federal, os índices já diminutos no número de mulheres em Cortes Superiores, que é inclusive inferior à média global e uma das piores da América Latina e Caribe, piorariam”.

Futura presidente do Superior Tribunal Militar (STM), a ministra Maria Elizabeth Rocha criticou Lula recentemente por ter preferido indicar homens a mulheres.

“É extremamente decepcionante e frustrante”, afirmou. Rocha também faz parte do grupo Paridade no Judiciário.



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