Atual campeão espanhol, europeu e intercontinental, o Real Madrid é também o primeiro clube a registrar uma receita superior a 1 bilhão de euros.
De acordo com levantamento da consultoria Deloitte, sediada em Londres, o gigante espanhol arrecadou, na temporada 2023/2024, 1,046 bilhão de euros (R$ 6,48 bilhões).
O valor é mais que cinco vezes o que o Flamengo, clube sul-americano mais bem colocado no ranking (30º lugar), conseguiu.
As principais fontes de arrecadação da equipe espanhola, que conta com astros como Vinicius Junior, Mbappé e Bellingham, foram, pela ordem: ganhos comerciais (com patrocinadores e vendas de produtos); comercialização de direitos de transmissão; bilheteria.
A receita do Real supera em 26% a do estudo feito para a temporada anterior (2022/2023), quando o valor foi de 831,4 milhões de euros.
De acordo com a Deloitte, o fator estádio teve importância determinante no resultado dos merengues: “O sucesso financeiro do clube durante a temporada foi sustentado pelo recém-reformado e ampliado [Santiago] Bernabéu, que proporcionou aumentos significativos nas receitas comerciais e nas [obtidas] em dias de jogos, em relação à temporada anterior”.
Em reforma que teve início em 2019 e foi finalizada no fim do ano passado, o estádio do Real foi ampliado (de 81 mil para perto de 85 mil espectadores) e modernizado.
Recordista em receita, o clube madrilenho reportou um lucro, em 2023/2024, de R$ 16 milhões de euros (R$ 98 milhões).
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No levantamento atual da Deloitte, depois do Real, as agremiações com maior captação de dinheiro em 2023/2024 são o Manchester City (837,8 milhões de euros), atual campeão inglês, e o Paris Saint-Germain (805,9 milhões de euros), atual campeão francês.
Nos 28 anos em que a Deloitte faz esse estudo, nunca a diferença de arrecadação do primeiro colocado para o segundo foi tão grande.
No top 10 do ranking, seis clubes são ingleses (Manchester City, Manchester United, Arsenal, Liverpool, Tottenham e Chelsea) –a Premier League é considerada a mais relevante competição do mundo. Há também dois espanhóis (Real Madrid e Barcelona), um francês (PSG) e um alemão (Bayern de Munique).
A capacidade das equipes da terra do rei para gerar receita é tão notável que mesmo as medíocres (casos de Brighton, Crystal Palace, Fulham e Wolverhampton) situam-se no top 30, à frente de times tradicionais como o Porto e o Sporting (de Portugal), o Bayer Leverkusen (da Alemanha) e a Lazio (da Itália).
Em sua análise, a consultoria prevê que a ampliação dos ganhos financeiros dos clubes venha do aumento do número de partidas disputadas, “pela introdução de novos formatos às competições já existentes”.
Para 2024/2025, a Uefa ampliou a quantidade de jogos em seus campeonatos, como na Champions League e na Liga Europa, com inchaço nos participantes, e haverá um novo torneio organizado pela Fifa, o Supermundial de Clubes, que terá 32 times.
A constante elevação do número de jogos tem sido sistematicamente criticada por treinadores e jogadores, devido à ampliação no desgaste físico do pé de obra, o que pode causar mais lesões. Cogita-se que os futebolistas possam empreender uma greve para mudar esse cenário.
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