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DIREITA LIMPINHA
Num podcast, Bolsonaro reclamou dos infiéis, que se comportariam, segundo disse, como uma “direita limpinha”. Huuummm… Não fica muito claro o que quer dizer, mas se pode inferir, se medo de errar, que o problema, par ele, não está, obviamente, em ser “direita”, mas em ser “limpinha”. E, pois, o que se advoga é que a direita seja… “sujinha”. O lobo troca de pelo, mas não muda o vício. Também reclamou dos lacradores: o recado parece ir para Pablo Marçal, que virou de novo o Belzebu da família entre os reaças, e para o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que ambiciona ter um pensamento… Meu Jesus!

NIKOLAS E IMUNIDADE PARA SER CRIMINOSO
Por falar em tão buliçosa figura, Nikolas fez ontem sua estreia como pensador numa entrevista ao Globo, mas avisou que a personagem Nikole, a da peruca loura, não se aposentou. Narra a sua habilidade na criação de um vídeo mentiroso como se fosse peripécia dos espertos. Referindo-se à falcatrua que criou, diz: “Não fiz apologia (da sonegação). E, mesmo que fosse a defesa de um crime, eu tenho imunidade parlamentar para isso.” Que fique registrado: um parlamentar diz que tem imunidade para cometer crimes, e isso é oferecido ao distinto público como mero exercício de uma opinião. Certamente Paulo Gonet, procurador-geral da República, e os ministros do Supremo anotaram em seus respectivos cadernos esse novo umbral da jurisprudência oferecido por esse candidato a Montesquieu dos reaças.

AS COSTELAS DE BOLSONARO
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) está indignado e resolveu recorrer ao Gênesis da Extrema-Direita: as “Evas de Jair” estariam se manifestando como costelas revoltosas, ignorando as orientações do líder, que choramingou no tal podcast. Esse Pablo Marçal sempre tentando arrombar a porta… E até o senador astronauta resolveu se assanhar. Questão de fundo: todos sabem que o Inelegível é inelegível e não serve para orientar a sua tropa. Nota: Eva não traiu Adão com a cobra, hein? Só era um pouco curiosa.

PALAVRÕES E COMPLÔ
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), como sabem, gravou um vídeo furibundo contra Marçal, beirando a histeria, disparou palavrões e representou com as mãos uma parte da, digamos, genitália viril que deixaria Mark Zuckerberg — aquele que sente falta da “energia masculina” — babando de curiosidade. É o modo que guardiões do Templo Bolsonarista têm de chamar a atenção de suas ovelhas desgarradas para os seus arcanos e as suas verdades eternas. O pensador da família sugeriu ainda que existe uma espécie de complô contra Bolsonaro a unir a imprensa e os traidores da causa (as tais costelas). Quem lesse Nikolas, logo depois, a expor ao Globo a sua própria versão de “O Espírito das Leis” poderia até achar que Eduardo falava coisa com coisa. No que me diz respeito, o deputado pode estar certo: jamais entrevistaria alguém que diz ter imunidade para cometer crime. Fosse para fazê-lo, com efeito, tentaria um papo com o próprio Bolsonaro. Mas não quero. E duvido que ele queira.

ATIRANDO PARA TODO LADO
A direita está bem atrapalhada. Ontem, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, resolveu chamar a atenção dos seus irmãos de ideologia. Depois que Donald Trump afirmou que o Brasil precisa dos EUA, mas que os EUA não precisam do Brasil, Nogueira advertiu:
“[Trump] Não pode ser todo o tempo reverenciado. O Brasil é bem maior do que a reles resposta que ele deu à jornalista Raquel Krähenbühl desprezando o Brasil.
Quanto mais servis parecermos menos respeitados seremos.
Tratá-lo de igual para igual, respeitosamente, não como um país ‘sem eira nem beira”.

Nogueira percebeu que o excesso de sujeição transfere para o campo adversário a defesa dos interesses nacionais. Não custa lembrar o que disse o presidente americano em seu discurso de posse: “Em vez de tributar nossos cidadãos para enriquecer outros países, iremos impor tarifas e taxar países estrangeiros para enriquecer nossos cidadãos”.

TARCÍSIO E O MAGA
Nesta quinta, o presidente americano saiu-se com mais uma frase formidável a participar por videoconferência do encontro de Davos: “Minha mensagem para o mundo é simples: venha fabricar seu produto nos EUA que nós lhe daremos benefícios fiscais. Se você não quiser, o que é uma prerrogativa sua, você terá de pagar taxas para nós, cujas alíquotas variarão.”
Que resolver usar o boné do MAGA na campanha de 2026 estará necessariamente abraçando teses contra o Brasil. Tarcísio tirou rapidinho o seu e anunciou ações contra o desequilíbrio climático, enquanto Trump, que adotou como referência, resolveu sair do Acordo de Paris.



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