Informações na mesma linha
Telefone: (21) 97026-3221
Endereço: Rua Viçosa do Ceara, 157, Paciência, Rio de Janeiro - RJ

A aposta do momento é no Ministério da Saúde. O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação) se reuniu com a titular da pasta, Nísia Trindade, para mapear ideias promissoras.O presidente Lula se disse frustrado com a demora na viabilização de uma promessa de campanha, o Mais Especialidades, programa para acelerar filas para cirurgias e consultas com especialistas através de parcerias com a iniciativa privada. A resistência começou dentro do próprio ministério, cujos quadros têm em boa medida aversão a propostas liberais para o SUS.

Na reunião de segunda, Sidônio disse aos ministros e ao presidente que “política é contraste”. Para contar uma boa história, ele afirmou, é necessário se comparar a outro, no caso o ex-presidente Jair Bolsonaro. O marqueteiro quer repassar na comunicação o estado da máquina pública que o antecessor deixou.

A busca por marcas não se restringe à Saúde. O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações institucionais, tem feito uma triagem das principais propostas do governo para definir a pauta prioritária no Congresso.

O começo não foi muito animador. Ricardo Lewandowski, da Justiça, insiste em enviar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança Pública, mesmo com a avaliação de Padilha e Rui Costa (Casa Civil) de sua inviabilidade.

A segunda parte da reforma tributária, que tratará de Imposto de Renda e tributação de dividendos, tem mais convergência dentro do governo. No entanto, ao chegar no Congresso Nacional não se terá mais controle do projeto, que pode como tantos outros acabar quase desfigurado.

Lula disse que sua prioridade no terceiro mandato seria reduzir a desigualdade. O Palácio do Planalto nutre a expectativa de que a justiça tributária possa virar a marca do governo, mas os principais assessores sabem que é uma aposta arriscada.