De queda histórica à recuperação surpreendente
A trajetória recente da Caoa Chery é marcada por altos e baixos. Em 2021, ano da morte de Carlos Alberto de Oliveira Andrade, fundador do grupo, a marca ainda sustentava vendas de 39,7 mil unidades. Era um momento importante já que, na época, a Caoa praticamente tinha dobrado as vendas em relação a anos anteriores.
Porém, em 2023, os números caíram para 31.479 carros, com a participação de mercado recuando para 1,83%. A queda foi de 13,5% em um momento em que o mercado brasileiro de automóveis crescia quase 10%.
A recuperação de 2024 foi construída com uma série de medidas estratégicas. O lançamento do Tiggo 7 Sport no início do ano foi um divisor de águas. Posicionado com um preço inicial agressivo de R$ 135 mil, o modelo entregava tecnologia, design e boa relação custo-benefício, tornando-se uma alternativa atrativa no segmento.
O sucesso do Tiggo 7 foi tanto que filas de espera de até seis meses se formaram, e muitas concessionárias não conseguiram manter unidades para test-drive. Apesar disso, a Caoa Chery conseguiu emplacar 30.896 unidades do modelo. O Tiggo 5x, outro SUV de destaque, foi o segundo carro mais vendido da marca, com 20.159 unidades.
Além dos produtos, a empresa concentrou esforços em ajustes operacionais. A produção foi reorganizada, com o fechamento da fábrica de Jacareí (SP) em 2022 e a ampliação da planta de Anápolis (GO), que se tornou o centro de produção dos SUVs da marca.