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Subiu para seis o número de mortos na megaoperação realizada nesta sexta-feira (24) nos complexos do Alemão e da Penha, na zona Norte do Rio. A ação das polícias Civil e Militar tinha como objetivo prender criminosos envolvidos em roubos de veículos e cargas.

Uma das vítimas foi Geraldo Carlos dos Reis, de 67 anos, morador do Complexo do Alemão. À CNN, a família contou que o aposentado foi baleado em casa após socorrer o cachorro, que levou um tiro na pata.

“Ele socorreu o cachorro e ligou para o meu irmão para avisar o que tinha acontecido. Depois disso, não conseguimos mais contato com ele”, contou Rose Andrade, filha da vítima.

O corpo do idoso foi removido por familiares horas depois, quando o tiroteio acabou. Geraldo Carlos deixa quatro filhos.

Vítimas mortas a caminho do trabalho

Antônio Júlio Claudio, de 53 anos, também morreu vítima de bala perdida. De acordo com a família, o auxiliar de serviços gerais saiu de casa, na comunidade Nova Brasília, e seguia para o trabalho quando foi baleado. O corpo dele foi removido por parentes ao final da troca de tiros.

“Sempre que eles (policiais) entram, morre uma pessoa inocente, e não foi só uma. Meu irmão era trabalhador e foi retirado da favela em um lençol, como se a vida dele não valesse nada”, lamentou Marlene Aparecida, irmã da vítima.

Além do irmão, Marlene também perdeu o primo na mesma operação. Segundo a costureira, Carlos estava em casa e foi atingido com um tiro no peito. Ela conta que a bala matou o cachorro de estimação e, depois, acertou o idoso, que estava sentado no sofá.

O jardineiro Carlos André Vasconcelos da Silva, de 35 anos, foi mais uma vítima do confronto. O caso ocorreu perto da estação Penha do BRT do Rio de Janeiro, na Zona Norte da capital fluminense. Ele foi baleado nas costas enquanto ia para o trabalho.

“Ele mora aqui, mas é cria da Rocinha. Saía todo dia às 4h, trabalhava de segunda a sexta. A gente mora numa comunidade e tem medo, né? Mas nunca pensa que isso vai acontecer com a gente”, disse a esposa da vítima.

Na manhã deste sábado (25/01), a família de Ryan de Souza, de 21 anos, foi ao IML, no Centro do Rio, para os trâmites legais de liberação do corpo.

A mãe afirma que Ryan era vendedor de balas e morreu após ser baleado na perna. Os parentes contam que foram impedidos de subir para socorrê-lo.

“Ele estava vivo ainda, mas os policiais me impediram de subir para onde ele estava. Aí o corpo ficou o dia todo lá, e meu filho morreu”, lamentou a diarista Glauciene Muniz de Oliveira.

O sexto morto na ação foi um adolescente de 16 anos. Segundo a polícia, o menor de idade tinha envolvimento com o tráfico de drogas.

Policial continua internado em estado grave

Além das seis mortes, pelo menos cinco pessoas ficaram feridas na ação. Entre elas, Diogo Jordão, policial do Batalhão de Choque da PM. O agente foi baleado na cabeça e, segundo o Hospital Getúlio Vargas, continua internado em estado grave.

Ainda de acordo com a unidade, Wander dos Santos segue internado, e seu estado de saúde é estável.

Já as pacientes Anna Luiza Barbosa Roupa, Natalícia da Cunha e Isnaia de Souza foram atendidas no HEGV e receberam alta médica na sexta-feira (24/01).

Em nota, a Polícia Militar do Rio de Janeiro afirma que colabora integralmente com as investigações da Polícia Civil, além de instaurar procedimentos apuratórios sobre as pessoas socorridas por populares, durante ação das Forças de Segurança no Complexos do Alemão e da Penha.

Durante a operação, os policiais apreenderam quase 1 tonelada de drogas, armas e uma granada. A polícia também fechou uma estufa de maconha e um desmanche de veículos.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Megaoperação no RJ: vítima morreu ao resgatar cachorro baleado no site CNN Brasil.

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