O publicitário baiano, diferentemente do seu antecessor Paulo Pimenta, não quis aparecer, mas acenava positivamente com a cabeça quando Lula adotava um tom moderado em suas falas.
Quando Lula confirmou publicamente que falaria mais, o publicitário acenou positivamente com a cabeça, ao fundo. Ele agia como um técnico de futebol que acompanhava atento as mudanças no time preparado por ele, mas sem entrar em campo.
Entre os que aguardam resultados do “modo Sidônio”, alguns desconfiados, a avaliação é de que o publicitário é técnico e reservado demais para um baiano, brincam.
Próximo ao também baiano Rui Costa (Casa Civil), Sidônio até deu palanque para o ministro nos primeiros dias. Mas os deslizes seguidos —como a fala sobre interferência no preço dos alimentos ou sobre a mexida em impostos de importação— reforçaram que a estratégia é mesmo usar cada vez mais as falas do presidente.
A ideia é adotar o mesmo modus operandi da campanha vitoriosa de 2022: colocando Lula no centro do debate e das atenções —coisa que Pimenta evitava, para ‘blindar o chefe’.
Lula deu “carta branca” ao seu novo ministro, que demitiu assessores de confiança do presidente. Lula queria trazer Sidônio ainda na transição, mas o publicitário só aceitou o convite agora, com o desafio de acertar os ponteiros do governo para 2026.