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Segundo o decreto assinado na terça-feira, a Rússia pode agora recorrer a armas nucleares contra um país que não disponha deste armamento, como a Ucrânia, mas apoiado por uma potência nuclear, como os Estados Unidos.

Esta mudança “descarta de fato a possibilidade de derrotar as forças armadas russas no campo de batalha”, ressaltou, nesta quarta, o chefe da inteligência externa russa, Serguei Narishkin, sugerindo que a Rússia recorreria à bomba atômica antes de correr o risco de ser derrotada em uma guerra convencional.

Washington, Paris, Londres e União Europeia denunciaram uma atitude “irresponsável”. A Ucrânia instou seus aliados a “não cederem ao medo”.

Em visita de Estado ao Brasil, o presidente chinês, Xi Jinping, pediu “mais vozes comprometidas com a paz” para buscar uma “solução política” para a guerra na Ucrânia, segundo a agência oficial de notícias chinesa Xinhua.

“Em um mundo assolado por conflitos armados e tensões geopolíticas, China e Brasil colocam a paz, a diplomacia e o diálogo em primeiro lugar”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Brasil, Chile, Colômbia e México urgiram, em um comunicado conjunto, que se evite uma “escalada da corrida armamentista” e que se “agrave” o conflito.