Informações na mesma linha
Telefone: (21) 97026-3221
Endereço: Rua Viçosa do Ceara, 157, Paciência, Rio de Janeiro - RJ

Uma série de manifestações contra a extrema direita ocorreram na Alemanha neste sábado (8), a duas semanas das eleições parlamentares do país.

Uma das mobilizações, em Munique, no estado da Baviera, reuniu 200 mil pessoas, segundo estimativa da polícia local.

Os manifestantes estavam reunidos sob o slogan “a democracia precisa de você”, e criticaram qualquer colaboração com o partido de extrema direita AfD (Alternativa para a Alemanha, na sigla em alemão).

Os organizadores da manifestação “Munique é multicolorida” disseram que pretendiam enviar “um forte sinal de diversidade, dignidade humana, coesão e democracia” antes das eleições.

Neste sábado, as “avós contra a extrema direita”, um movimento criado em 2018 e inspirado em uma iniciativa semelhante na Áustria, também convocou manifestações em várias cidades alemãs, incluindo Hannover (no norte do país), onde, segundo a polícia, 24 mil pessoas protestaram.

No último domingo (2), 160 mil pessoas se manifestaram na capital alemã, Berlim, pelos mesmos motivos.

Um dia antes, manifestações nas principais cidades do país já haviam reunido mais de 80 mil pessoas, também de acordo com estimativas oficiais. A polícia admitiu que a contagem era complexa, já que vários protestos ocorreram ao mesmo tempo.

As manifestações foram desencadeadas na semana passada depois que o candidato de centro-direita a premiê e favorito nas pesquisas, Friedrich Merz, se aproximou da AfD.

Ele se apoiou na AfD para tentar passar no parlamento alemão um projeto de lei que buscava restringir as leis de imigração do país, tema que virou central na campanha eleitoral após uma série de ataques cometidos por estrangeiros —alguns deles, sem permissão de estar na Alemanha.

Após um debate histórico sobre refugiados, democracia e extremismo, o Parlamento alemão rejeitou no último dia 31 esse projeto. A votação foi uma derrota para Merz.

Até agora, os partidos tradicionais têm rejeitado qualquer cooperação em nível nacional com a extrema direita, em nome do chamado cordão sanitário erguido contra o partido nacionalista e hostil aos migrantes.

Reunidos na segunda-feira em um congresso (3), deputados de centro-direita declararam firmemente que excluíam qualquer governo com o AfD, o segundo partido nas pesquisas depois dos conservadores.