Nas primeiras linhas, o documento destaca o “contexto de tensões geopolíticas que se aprofundam e que desafiam a frágil ordem multilateral internacional vigente”. O texto diz ainda que o Brasil tem em 2025 “duas grandes responsabilidades” com a presidência do Brics e da COP30, a conferência do clima da ONU.
“O recurso insensato ao unilateralismo e a ascensão do extremismo em várias partes do mundo ameaçam a estabilidade global e aprofundam as desigualdades que penalizam as populações mais vulneráveis em diferentes partes do planeta. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem destacado o potencial do Brics como espaço para construção das soluções de que o mundo tanto precisa. Mais do que nunca, a capacidade coletiva de negociar e superar conflitos por meio da diplomacia se mostra crucial.”
A reunião do bloco foi virtual, com o grupo que discute questões sobre o impacto da inteligência artificial e da crise climática no mercado de trabalho.
Ao final, Maíra Lacerda, chefe da assessoria de assuntos internacionais do Ministério do Trabalho, disse a jornalistas que as declarações de Trump mostram a relevância do Brics.
“O presidente Lula sempre entendeu que o Brics é um agrupamento de países muito importante. Todo esse barulho e esses comentários que têm sido feitos a respeito do Brics por parte do presidente norte-americano validam essa importância. Se não se tratasse de um grupo com relevância política e econômica, ninguém estaria falando desse grupo”, afirmou.
“A tendência é unir mais esses países.”