O árbitro Matheus Bortolini explicou em súmula o porquê pediu auxílio da Polícia Militar assim que expulsou o zagueiro Dievo Ivo, do Paraná Clube, no clássico com o Coritiba, que venceu por 2 a 0, no sábado (15), na Vila Capanema.
Segundo o árbitro, o policiamento foi acionado devido ao “comportamento agressivo e intimidador” do jogador. A arbitragem também relatou que Diego Ivo “deu dois empurrões acintosos na altura do peito e com o dedo em riste em direção ao meu rosto”.
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“Por segurar seu adversário fora da área penal, impedindo uma oportunidade clara de gol. Antes do procedimento da expulsão o mesmo foi em direção ao árbitro dizendo “tu não vai me mostrar esse cartão ”caralho” vendo que este árbitro iria expulsá-lo o mesmo deu 02 empurrões acintosos na altura do peito e com o dedo em riste em direção ao meu rosto. Devido ao comportamento agressivo e intimidador do mesmo, solicitei a presença do policiamento que adentrou ao campo para minha segurança. O jogador permaneceu em campo por 02 minutos e só saiu do campo de jogo, após a chegada da policia militar”, escreveu.
Árbitro relata arremessos de objetos da torcida e jogo paralisado
O árbitro Matheus Bortolini também relatou que torcedores do Paraná Clube arremessaram objetos em direção ao gramado. O primeiro fato registrado foi aos 15 minutos do primeiro tempo, quando os paranistas acenderam sinalizadores e os jogaram, fazendo com a partida ficasse parada por quase dois minutos.
Também pela torcida mandantes, a arbitragem relatou o arremesso de um cigarro eletrônico e uma pedra em direção aos atletas do Tricolor. Veja abaixo o registro completo da súmula.
“Aos 15 minutos do primeiro tempo, após o primeiro gol da equipe visitante, a torcida mandante localizada na arquibancada atrás do gol de sua equipe, acendeu inúmeros sinalizadores e os arremessou em direção ao campo de jogo, não atingindo ninguém, mas deixando a partida paralisada por aproximadamente 02 minutos, reiniciando-a aos 17 minutos do primeiro tempo. Em ato contínuo, foi solicitado ao sistema de comunicação do estádio para informar que as ações fossem cessadas“, relatou.
“Aos 22 minutos do primeiro tempo, foi arremessado, pela torcida mandante, um cigarro eletrônico (vape) em direção ao campo de jogo, o mesmo não atingiu ninguém. Aos 38 minutos do primeiro tempo, foi necessário a entrada da Policia Militar para a segurança do árbitro da partida, devido ao comportamento agressivo e intimidador do atleta expulso Sr. Diego Ivo Pires, número 14 da equipe mandante (conforme campo de expulsão), após a chegada da Policia o jogador que foi expulso saiu do campo de jogo e a partida reiniciada aos 41 minutos do primeiro tempo. Por fim, aos 46 minutos do primeiro tempo, foi arremessado pela torcida mandante, uma pedra em direção aos jogadores substitutos que estavam aquecendo no local designado para tal ação”, completou.
Além das ocorrências relatadas pelo árbitro, um fotógrafo registrou boletim de ocorrência na Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe) por ter sido atingido pelas pedras dos torcedores e ter sido ameaçado de morte.
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