Amanda se disse indignada. É grande a quantidade de gente que cria perfis fake para ridicularizar sua criança de 9 meses em montagens. Tudo isso para supostamente defender Mavie, ídola anterior da galera. Rivais por quê? Pela herança? Elas nem sabem o que é isso ainda…
Essa febre não se restringe à prole do jogador. Tem gente que tatua o rosto da filha de Virginia na pele. Há quem ande por aí com o totem da imagem da criança. Inexplicável a necessidade de se admirar alguém em tão altos níveis. Até fica mais fácil de entender grande ídolos da música pop, que são amados pela transformação que causam na vida das pessoas com sua obra. Eu mesma ando muito pouco blasé com Fernanda Torres (acabo de pedir para minha mãe costurar o uniforme de Fátima, de Tapas & Beijos, para eu usar no Carnaval). Porém, você já viu uma entrevista da atriz? Em qualquer idioma? Quanta coisa a gente aprende por frase…
Um bebê muito distante não tem grande coisa a ensinar (quando não é nosso, é só uma foto), além de ser muito fofo. É uma delícia ver fotos desses bonitinhos na timeline, mas daí a idolatrá-los e colocá-los contra outros fofíssimos… que doidera, gente. Tem vídeo de pessoas chorando ao verem a filha de Virginia, emocionadíssimas. Precisa?
O jornalista Lucas Vasconcellos me perguntou o que eu achava das pessoas que faziam tatuagens com imagens de crianças supostamente famosas. “Se alguém é capaz de tatuar a frase que uma criança de meses tenta falar, imagina se não compra o que ela indicar”, disse ele, se referindo aos tigrinhos e afins. “O próximo buraco é sempre mais embaixo. O que falta na vida das pessoas para se sentirem representadas por um bebê que sequer conhecem?”, pergunta.
Talvez não falte nada na vida delas. Mas enquanto estiverem na internet, “dopaminizadas”, sem pensar direito, vão sempre achar que nada do que têm basta. E querer o do outro. Mesmo que seja o filho do outro. Eu, hein.
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