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Nem papinha, nem fruta amassada: comecei a introdução alimentar do meu bebê de 6 meses oferecendo exatamente a mesma comida que como. O primeiríssimo alimento foi um brócolis cozido a vapor, sem sal, roubado do meu prato por mãozinhas habilidosas. Em seguida vieram a cenoura, a batata e o hit absoluto, a banana, tal qual a do cacho.

Para introduzir sólidos desde o primeiro dia da introdução alimentar, há um método. O BLW —sigla em inglês para “baby led weaning“, ou desmame guiado pelo bebê— nos ensina a oferecer comida de “gente grande” nos formatos e texturas adequados a cada etapa do desenvolvimento psicomotor dos mais pequenos.

Dos 6 aos 9 meses, por exemplo, os legumes podem ser oferecidos no formato de bastões de um dedo de espessura e devem estar bem cozidos, a ponto de o bebê conseguir esmagá-los com a pressão da língua contra o céu da boca.

A banana não precisa ser oferecida amassada; podemos cortá-la ao meio, ou em três partes se for muito grande, e depois cortar uma parte da casca —como se fosse um anel de uns dois ou três dedos de espessura— para expor a polpa. O bebê sabe comer e, ao ver a banana assim cortada no tabuleiro, consegue agarrá-la e eventualmente levá-la à boca (comer de forma autônoma é um aprendizado que não acontece do dia para a noite, então as bochechas, a testa e o nariz serão certamente alvejados).

No BLW, o bebê é o sujeito ativo da alimentação e, ao conseguir alimentar-se por si só —sempre comendo a mesma comida saudável que toda a família come—, tem a chance de aprender, desde muito cedo, a se regular e a perceber quando está saciado.

No caso da alimentação à base de alimentos de origem vegetal, as proteínas podem, num primeiro momento, parecer desafiantes para um bebê de 6 meses. Afinal, como é que o bebê conseguirá agarrar um grão de feijão? O bebê não irá se engasgar com um alimento tão pequeno e redondo?

Mais uma vez, a resposta está no formato bastão. Podemos transformar o feijão num croquete e, para tornar o prato apetitoso, por que não preparar um chilli com feijão? A receita de hoje foi aprovada pelos bebês —vegetarianos e não vegetarianos— do showcooking que fiz semana passada e também pelas mães e pelos pais, que gostaram da praticidade do prato.

CHILLI DE FEIJÃO

Ingredientes

1 cebola roxa picada em cubos

4 dentes de alho picadinhos

½ pimentão vermelho pequeno picado em cubos

Azeite e sal a gosto

600g de feijão preto cozido sem sal

200g de milho cozido em grãos

800g de tomate pelado picado sem sal

Para os bebês

2 colheres de sopa de farinha de mandioca

3 colheres de sopa de farinha de amêndoas ou farinha de coco

1 ovo, ou 1 ovo de linhaça (1 colher de sopa de farinha de linhaça + 2 colheres de sopa de água)

Preparo

  1. Refogue os legumes. Adicione o feijão e o tomate pelado. Envolva e cozinhe em fogo brando por 10 minutos.

  2. Separe uma xícara do preparado para o bebê e deixe arrefecer na geladeira. Adicione o sal e o milho em lata, escorrido, na parte dos adultos. Envolva e cozinhe por mais 10 minutos.

  3. Esmague com um garfo a porção do chilli reservada ao bebê. Adicione as farinhas e o ovo. Envolva e modele em croquetes. Asse os croquetes por 15 minutos a 180°C.

    Dica: congele os croquetes numa tábua de cortar. Uma vez congelados, transfira para um saco de congelamento. A validade é de até seis meses no congelador, mas a textura ficará melhor se for consumido em até três meses.



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