Um incêndio de grandes proporções atingiu uma fábrica de fantasias de carnaval em Ramos, na zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (12). O fogo se alastrou para um prédio vizinho, causando danos estruturais, de acordo com um morador.

Segundo o relato de Henrique, morador do prédio ao lado da fábrica, o incêndio começou pouco depois das 7h, quando ele estava levando seu filho à escola. Ao retornar para seu apartamento, ele foi informado pela proprietária do imóvel sobre o incêndio na fábrica vizinha. Em questão de minutos, a situação se agravou rapidamente.

Inicialmente, Henrique ajudou algumas pessoas com água, mas o fogo logo atingiu a parte de trás do seu prédio. As paredes do primeiro ao terceiro andar do edifício racharam na parte externa que faz divisa com a fábrica. Os moradores precisaram evacuar o local.

O morador relatou que o prédio tem três andares e que o síndico, que reside na parte de trás do edifício, foi quem verificou os danos e chamou os bombeiros. Os bombeiros conseguiram controlar o fogo no prédio, mas os danos ainda são incertos, incluindo se há comprometimento da estrutura ou apenas do reboco. Ainda não se sabe quando os moradores poderão retornar para buscar seus pertences.

A CNN entrou em contato com a Defesa Civil do Rio de Janeiro para um posicionamento sobre interdições e as consequências do incêndio, mas não obteve retorno até o momento.

Informações do incêndio

O Corpo de Bombeiros foi acionado às 7h39 e enviou diversas equipes, incluindo especialistas em salvamento em altura e grupamento aéreo, para combater as chamas na fábrica. Mais de 30 viaturas e 90 bombeiros foram mobilizados. A Polícia Militar isolou o entorno da fábrica para garantir a segurança da população. O incêndio na fábrica foi controlado por volta das 10h30.

A fábrica atingida é a Maximus Confecções, responsável pela produção de fantasias para o carnaval de 2025 de escolas de samba como Império Serrano e Unidos da Ponte. O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (LIESA), Gabriel David, lamentou o ocorrido e informou que a organização está à disposição do grupo de acesso, impactado pelo incêndio.

No total, 21 pessoas foram resgatadas do edifício, sendo que 18 ficaram feridas e foram encaminhadas para hospitais das redes estadual e municipal de saúde. Destas, 11 estão em estado grave. A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, acompanha o atendimento às vítimas no Hospital Estadual Getúlio Vargas.

A CNN tenta contato com a Maximus Confecções para um posicionamento. O espaço segue aberto.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Incêndio danificou prédio ao lado de fábrica de fantasias, diz morador no site CNN Brasil.

A Liga RJ afirmou, nesta quarta-feira (12), que o incêndio na Maximus Confecções, no Rio de Janeiro, impacta diretamente o planejamento e a cadeia produtiva do Carnaval. Império Serrano, Unidos da Ponte, Unidos de Bangu e União do Parque Acari tiveram fantasias destruídos pelas chamas.

A entidade que administra os desfiles da Série Ouro, segunda divisão da folia carioca, se manifestou por meio de nota publicada no Instagram e afirmou que convocará uma Assembleia Geral Extraordinária para definir os próximos passos.

“O impacto deste incidente atinge diretamente o planejamento do Carnaval e toda a cadeia produtiva envolvida na sua realização”, diz o texto, “A Liga RJ convocará, com urgência, seus Presidentes para uma Assembleia Geral Extraordinária a fim de avaliar a situação e definir os próximos passos, garantindo que nenhuma escola de samba filiada seja prejudicada. Nosso compromisso é buscar soluções que possibilitem a continuidade dos trabalhos e a realização do Carnaval com a grandiosidade que o povo merece.”

View this post on Instagram

A post shared by Liga RJ (@ligarjcarnaval)

Prefeito diz que escolas não serão rebaixadas

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou que as escolas de samba afetadas pelo incêndio que aconteceu a Maximus Confecções, no bairro de Ramos, na Zona Norte, não serão rebaixadas.

Em publicação feita em sua conta oficial no X, Paes se solidarizou com os componentes das agremiações e não explicitou se a regra de não-rebaixamento neste Carnaval será válida para todas as escolas da Série Ouro (segunda divisão da folia carioca) ou se apenas às quatro atingidas.

“Conversei agora com o presidente Hugo Júnior, da Série Ouro, que me deu mais detalhes das três escolas afetadas pelo incêndio de hoje em Ramos. Já tomamos a decisão de que, independente de qualquer coisa, as escolas não serão rebaixadas no carnaval desse ano. Havendo possibilidade de desfilar, as três serão consideradas hors con-cours”, escreveu o prefeito do Rio.

Como foi o incêndio?

Um incêndio atingiu uma fábrica de fantasias de carnaval em Ramos, na zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira.

O Corpo de Bombeiros informou que diversas equipes atuam no combate às chamas, além de grupamento aéreo. Os militares foram acionados às 7h39 para a ocorrência na Rua Roberto Silveira.

Segundo o governo do Rio de Janeiro, mais de 30 viaturas e 90 bombeiros estão no local, incluindo especialistas em salvamento em altura. A Polícia Militar isolou o entorno da fábrica para garantir a segurança da população.

Nas redes sociais, o governador Cláudio Castro confirmou que 21 pessoas foram resgatadas do edifício, sendo que dez foram encaminhadas a hospitais da região. Dentre elas, nove se encontram em estado grave e uma está em avaliação.

Entre os feridos, três homens estão em estado grave, assim como seis mulheres, além de uma mulher que está sendo avaliada pela equipe médica. Todos os pacientes apresentaram queimaduras nas vias aéreas devido à inalação de fumaça tóxica.

Carnaval 2025: veja a ordem dos desfiles das escolas de samba do Rio

Este conteúdo foi originalmente publicado em Incêndio afeta planejamento e cadeia produtiva do Carnaval, diz Liga RJ no site CNN Brasil.

O presidente da Liga RJ, Hugo Junior, concedeu uma entrevista após o incêndio que atingiu uma fábrica de fantasias de carnaval na zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (12). Segundo Hugo Junior, de acordo com informações preliminares, todas as fantasias que estavam sendo confeccionadas no local foram perdidas.

O incêndio atingiu a fábrica da Maximus Confecções, em Ramos, na zona norte da capital fluminense. No local, três escolas de samba da Série Ouro produziam suas fantasias. De acordo com Junior, as escolas Unidos de Bangu, Unidos da Ponte e Império Serrano tinham material no local.

O presidente informou que as escolas são as responsáveis por acompanhar o andamento da produção e confecção de suas fantasias.

A Liga RJ é encarregada de coordenar a Série Ouro, que é o segundo grupo do Carnaval Carioca. O representante disse que está em contato com as agremiações para oferecer suporte. Uma plenária com os presidentes das escolas de samba será convocada para definir o futuro da série Ouro e o que será feito em relação às escolas que foram atingidas pelo incêndio.

De acordo com Hugo Junior, as condições do acidente ainda estão sendo apuradas, e será investigado se houve negligência da fábrica. As escolas de samba alugavam os espaços para confeccionar as fantasias.

O que se sabe sobre o incêndio

O Corpo de Bombeiros foi acionado às 7h39 e enviou mais de 30 viaturas e 90 bombeiros para o local, incluindo especialistas em salvamento em altura. A Polícia Militar isolou a área para garantir a segurança da população. Foram resgatadas 21 pessoas do edifício, sendo que 18 ficaram feridas e foram encaminhadas a hospitais. Dentre os feridos, 11 estão em estado grave.

Este conteúdo foi originalmente publicado em “Todas as fantasias foram perdidas”, diz presidente de Liga após incêndio no site CNN Brasil.

O camelódromo de Uruguaiana, no centro do Rio de Janeiro, atingido por um incêndio no domingo (12), foi alvo de pedidos de interdição negados pela Justiça. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), em duas oportunidades, solicitou o fechamento do espaço.

Incêndio atinge camelódromo da Uruguaiana, no Rio de Janeiro | AGORA CNN

A Justiça negou duas vezes um pedido do MPRJ para interditar o camelódromo da rua Uruguaiana. O requerimento, formulado em maio de 2024 por meio de uma ação civil pública, buscava o fechamento do local antes do incêndio do último domingo.

A primeira solicitação da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Patrimônio Público e da Cidadania da Capital ocorreu cinco anos antes do evento no polo de comércio popular no centro do Rio.

De acordo com o MPRJ, o incêndio era um evento esperado e que poderia ter causado vítimas em um dia útil. Após a decisão desfavorável da 1ª Vara de Fazenda Pública da Capital, em novembro de 2023, o MPRJ recorreu.

O novo recurso foi negado em maio de 2024 pela Quarta Câmara de Direito Público. A ação do Ministério Público solicitava o fechamento do Mercado Popular da Uruguaiana até que fossem feitas as adequações estruturais exigidas pelo Corpo de Bombeiros.

Irregularidades foram constatadas em 2018

Um relatório técnico do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE/MPRJ), datado de janeiro de 2018, expôs irregularidades na estrutura e nas instalações elétricas do Camelódromo, mencionando riscos de incêndio.

O GATE/MPRJ e o Corpo de Bombeiros também alertaram para o perigo de o fogo atingir a estação de metrô próxima ao local, afetando usuários e o tráfego dos trens. O Camelódromo não possuía alvará de funcionamento e certificação de segurança. Apesar da ordem de interdição emitida pelo Corpo de Bombeiros, em dezembro de 2019, a determinação não foi executada.

O MPRJ entrou com recurso de Agravo de Instrumento, que também foi rejeitado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Desde então, o MPRJ participa de audiências de mediação com a Associação dos Comerciantes do Mercado Popular da Uruguaiana (AMPU), a Riotrilhos, o município do Rio de Janeiro e o Corpo de Bombeiros.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Justiça negou interdição de camelódromo no RJ antes de incêndio no site CNN Brasil.