O juízo da 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro julga, nesta quinta-feira (13), Fábio Pirineus da Silva e  Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, acusados de espancarem até a morte o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos. 

O crime ocorreu no dia 24 de janeiro de 2022, no quiosque Tropicália, localizado na altura do Posto 8 da praia da Barra da Tijuca, na zona Oeste do Rio de Janeiro. 

O terceiro acusado, Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como “Tota”, não deve ser julgado na sessão desta quinta-feira (13). A defesa do réu recorreu da sentença de pronúncia e o seu nome foi desmembrado do processo originário. O pedido da defesa está em tramitação no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Os três homens respondem por homicídio qualificado: praticado por motivo fútil, emprego de meio cruel e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Os acusados estão presos desde fevereiro de 2022.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e narra que Moïse trabalhou no quiosque como freelancer e que, antes de ser espancado, discutiu com outro funcionário do estabelecimento. 

Relembre a morte do congolês Moïse

No dia 24 de janeiro de 2022, Moïse Mugenyi Kabagambe, congolês de 24 anos, foi espancado até a morte no quiosque Tropicália, localizado na altura do Posto 8 da praia da Barra da Tijuca, na zona Oeste do Rio de Janeiro. 

Três homens agrediram a vítima com golpes com um taco de beisebol, socos, chutes e tapas e o trataram como “um animal peçonhento”, de acordo com o MPRJ. 

A investigação mostrou que as agressões começaram após uma discussão entre Moïse e outro funcionário do estabelecimento onde o estrangeiro trabalhava como freelancer. Os três agressores foram flagrados por imagens de câmera de segurança e admitiram que participaram do espancamento. 

Os três agressores foram flagrados por imagens de câmera de segurança e admitiram que participaram do espancamento. Eles afirmam que Moïse estava “agressivo” e tentou pegar bebidas do freezer sem autorização. A família do congolês afirma que ele foi ao quiosque cobrar uma dívida de trabalho no valor de R$ 200.

Polícia Militar investiga ameaças a família de Moïse Kabagambe | CNN 360º

O laudo da perícia apontou que a causa da morte foi traumatismo no tórax com contusão pulmonar. Havia sinais de hemorragia e aspiração de sangue e dez marcas dos golpes feitos com um taco de baseball, que foi apontado como sendo um instrumento usado em um dos quiosques para quebrar o gelo de bebidas.

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A jovem Evelen Cristina Alves Serrão, de 18 anos, foi encontrada morta na Vila Tiradentes, em São João de Meriti, cidade localizada na Baixada Fluminense (RJ). O caso aconteceu na noite de sábado (8), data referente ao Dia Internacional das Mulheres.

A Polícia Militar informou nesta segunda-feira (10) que policiais militares foram acionados para uma ocorrência de feminicídio. Ao chegarem no local, os agentes encontraram Evelen morta.

Segundo investigações, o suspeito do crime é o namorado da vítima, conhecido como Júnior Sara.

O homem fugiu antes da chegada dos policiais.

Segundo a Polícia Civil, a perícia foi realizada no local e os agentes realizam diligências para esclarecer todos os fatos.

Nas redes sociais, familiares de Evelen postaram que o crime teria ocorrido na casa de Júnior. Ainda segundo relato da família, a jovem teve o pescoço cortado pelo assassino, que não aceitou o fim do relacionamento.

A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

*Sob supervisão

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A terça-feira (4) de Carnaval terminou com dois incidentes trágicos no Rio. Em Cabo Frio, o ambulante Elísio Albino dos Santos foi morto após um desentendimento com dois indivíduos que se recusaram a pagar pelo que haviam consumido com ele.

Em nota, a Prefeitura de Cabo Frio informou que o ambulante foi atingido por um disparo no rosto, e levado ao Hospital Central de Emergência, e transferido ao Hospital Regional de Araruama, onde foi declarado morto. Em seguida, as forças de segurança conseguiram identificar os dois suspeitos como moradores de Minas Gerais.

A Polícia Militar realizou a prisão de um dos envolvidos, que possui diversas passagens pela Justiça. As investigações continuam com o objetivo de capturar o segundo suspeito. Em nota, a Prefeitura de Cabo Frio lamentou o ocorrido e destacou que segue “prestando apoio à família da vítima e trazendo novas atualizações sobre o caso”.

Morte em Maricá

Em Maricá, policiais militares do 12º Batalhão (Niterói) foram acionados após receberem uma ocorrência de homicídio na cidade, na região de Itaipuaçu, na noite de terça-feira (4).

Segundo informações da Polícia Militar, os agentes chegaram ao local e encontraram o corpo de um homem vítima de disparos de armas de fogo. Os policiais preservaram o local para a realização da perícia.

Em nota, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí foi acionada. A perícia foi realizada no local, e a investigação busca formas de identificar a vítima e os autores do crime.

A Polícia Militar informou que reforçou o policiamento da região.

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Novas imagens mostram a jornalista britânica Charlotte Alice Pexet, de 32 anos, em um hostel no bairro de Botafogo. Ela está desaparecida desde o início de fevereiro.

Segundo as investigações, ela ficou hospedada no hostel entre os dias 17 e 24 de fevereiro, e circulava livremente pelo Rio. Até o momento, a principal linha da investigação aponta que o caso se trata de um desaparecimento voluntário. 

Nos vídeos obtidos pela CNN, é possível ver a jornalista chegando no hostel, em um espaço de convivência com outros hóspedes e ao deixar a hospedagem.

Veja abaixo:

A delegada Elen Souto, que coordena as investigações, afirmou que o telefone de Charlotte com o número inglês recebe ligações e mensagens. Já o telefone com o DDD brasileiro, de São Paulo, está programado para não receber mensagens.

Inicialmente, no último dia 17, o caso foi registrado na Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), no Rio de Janeiro, mas foi encaminhado para o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, que teve apoio do Consulado Britânico e da Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard). O inquérito policial está em fase final para envio ao Poder Judiciário.

Posteriormente, a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) assumiu as investigações após a jornalista embarcar em um ônibus no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo, com destino ao Rio de Janeiro.

Relembre o caso

O último contato com Charlotte foi em 8 de fevereiro deste ano, com uma amiga do Rio de Janeiro. A britânica disse que precisava de um lugar para ficar. Entretanto, a amiga respondeu que, infelizmente, não poderia hospedá-la em sua casa.

Dias depois, a família de Charlotte, que mora no Reino Unido, procurou essa amiga dizendo que havia perdido contato com a jornalista. Para auxiliar nas buscas, os parentes forneceram informações sobre o voo dela para o Brasil, além de uma foto do passaporte.

A Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira no Brasil (ACIE), na qual Charlotte era atuava como correspondente, confirmou o desaparecimento e fez um apelo para que as autoridades intensifiquem os esforços com o intuito de localizá-la.

Charlotte nasceu na Inglaterra e é fluente em português. Ela atuou como freelancer em inúmeros portais internacionais como Al Jazeera, The Telegraph, The Evening Standard, The Times e The Independent.

A jornalista teve uma passagem pelo Brasil entre 2021 e 2022. Neste período, ela trabalhou como correspondente para veículos estrangeiros.

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O governo do Rio de Janeiro solicitou aos Estados Unidos que o Comando Vermelho seja considerado uma organização criminosa transnacional — definição usada quando a atuação ultrapassa as fronteiras de um país. O pedido foi feito pela Secretaria de Segurança Pública do RJ em reunião com membros da Segurança Diplomática dos EUA.

“Com isso, o governo do Rio passaria a contar com uma cooperação internacional para combater, de forma mais eficaz, a lavagem de dinheiro e o tráfico de armas no Brasil”, afirma a nota da Segurança Pública obtida pela CNN.

Maioria dos fuzis apreendidos no RJ vem dos EUA

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do RJ, no ano passado foram apreendidos 740 fuzis no estado do Rio de Janeiro, uma média de dois por dia. Em 2025, até agora, foram 116 fuzis somente pela PM.

Segundo o relatório de inteligência da Segurança Pública, a maioria dos fuzis apreendidos no RJ vem dos EUA e estava nas mãos de criminosos do CV, o que demonstra a necessidade de integração entre os dois países no combate à facção.

“A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro tem se dedicado de forma estratégica ao combate ao crime organizado, com a principal missão de asfixiar o sistema financeiro das facções criminosas atuantes no estado.”

A pasta complementa a nota afirmando: “Para atingir esse objetivo, a Secretaria tem intensificado suas operações e aprimorado o setor de Inteligência, visando obter resultados mais eficazes.”

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A onda de calor sufocante que atinge o Brasil foi responsável por uma marca histórica nessa segunda-feira (17). O Rio de Janeiro bateu o recorde de temperatura mais alta dos últimos dez anos, com o registro de 44°C.

De acordo com informações do Sistema Alerta Rio, ligado ao Centro de Operações (COR) da capital, os termômetros continuarão nas alturas pelos próximos dias.

Nesta terça-feira (18), a cidade deve registrar máximas próximas aos 42°C. A temperatura mínima prevista é de 22°C, com umidade do ar que deve variar entre 21% e 30% no período da tarde.

A previsão para os próximos dias indica a manutenção do tempo estável no Rio de Janeiro. As temperaturas devem permanecer elevadas, com variação entre 37°C e 39°C para os momentos mais quentes do dia.

Recorde histórico

A cidade do Rio de Janeiro registrou 44°C nesta segunda-feira (17), às 12h10, na estação meteorológica de Guaratiba, localizada na zona oeste. A temperatura recorde superou a previsão de 42°C e acionou o Nível 4 do Protocolo de Calor na cidade pela primeira vez. 

A temperatura máxima registrada em Guaratiba superou a previsão anterior do Centro de Operações Rio (COR), que era de 42°C. 

O COR recomenda cuidados com a saúde em dias de calor intenso. O órgão ressalta que é importante beber bastante água, evitar a exposição ao sol nos horários mais quentes e usar protetor solar. Roupas leves e frescas também são recomendadas.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Rio com mais de 40 graus: Veja como fica o tempo após recorde de calor no site CNN Brasil.

Uma investigação da Polícia Civil, que desarticulou uma quadrilha de ladrões de celulares no Rio de Janeiro, aponta que os criminosos agiam a mando do Comando Vermelho e tinham o aval da facção para atirar nas vítimas.

“Durante as nossas interceptações telefônicas, os criminosos davam a seguinte ordem: se não entregar o celular, atira. Isso demonstra que eles não tinham nenhuma preocupação com a vida da vítima”, revelou Pedro Brasil, titular da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD).

Após dois anos de investigações, a DDSD identificou todas as etapas do crime. A primeira envolvia o roubo de celulares em áreas de grande circulação, como Duque de Caxias, o Calçadão de Bangu e a Central do Brasil. Outros núcleos eram responsáveis pelo desbloqueio dos aparelhos, extorsão das vítimas e lavagem de dinheiro. Segundo a polícia, os líderes da facção forneciam armas e esconderijos aos assaltantes em troca de parte dos lucros.

Métodos adotados pela organização criminosa:  

• Ameaças diretas via WhatsApp e SMS: envio de fotos de armas de fogo e exposição de dados pessoais das vítimas, incluindo endereços e nomes de familiares.
• Uso de informações adquiridas na “dark web”: criminosos acessavam bases de dados para personalizar as ameaças e aumentar sua eficácia.
• Golpes de “phishing”: mensagens falsas induziam vítimas a inserir credenciais em sites fraudulentos, permitindo que os criminosos desbloqueassem os celulares e acessassem aplicativos bancários.
• Pressão psicológica e chantagem financeira: algumas vítimas eram obrigadas a fazer transferências bancárias para evitar que suas informações fossem vazadas ou repassadas a facções criminosas.

Os autores foram identificados por meio de interceptações telefônicas e monitoramento financeiro. Ao todo, a Justiça do Rio de Janeiro expediu 43 mandados de prisão e, até o momento, 37 suspeitos foram presos. Também foram apreendidos celulares, nove máquinas caça-níqueis, joias, relógios de luxo, uma moto roubada e drogas.

“Eles não têm o menor compromisso com a vida humana. Já ultrapassaram qualquer tipo de limite e ainda têm o aval de uma facção criminosa, que coloca uma arma na mão deles — às vezes até um fuzil — além de fornecer toda a cobertura para que possam se esconder em alguma comunidade”, explicou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, que defendeu uma mudança na legislação para punir com mais rigor esse tipo de crime.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Se não entregar o celular, atira: investigação aponta ordem do CV em roubos no site CNN Brasil.

Um dos policiais civis baleados durante o ataque à delegacia em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, descreveu os momentos de tensão e terror que viveu na noite de sábado (15), quando criminosos fortemente armados fuzilaram a (60DP) do bairro de Campos Elísios.

Leia abaixo o relato que ele fez a colegas policiais: 

“Oi bom dia pessoal. 

Chegaram por volta das 23h e pouca na DP. 

Mas já chegaram atirando. 

Lembro de um com camisa de capuz. 

Tinha acabado de descer do andar de cima e quando caminhava próximo da impressora chegou os elementos cheio de fuzis. 

Todo mundo tentou se abrigar como deu. 

Mineiro e eu nos protegemos na parte de trás onde fica o porquinho. 

Foram muitos tiros de fuzil deles.  

Eu e ele ‘tava’ só com pistola. 

Nem tinha como reagir. 

Tentei sair pela janelinha de uma das salas de trás. 

Aí vi eles também no estacionamento dizendo ‘alá‘ um ali… e deram um tiro que passou zunindo na minha cabeça. 

Voltei com a pistola pro corredor e nessa hora fui baleado na coxa. Nem sei de onde veio. 

Ficou alojada na coxa esquerda. Médica disse que não pegou em osso nem parte sensível e é melhor deixar podendo retirar depois mais a frente. 

Eram muitos tiros e eles falavam… é Comando Vermelho. Vamos matar todo mundo… cadê o Rato. 

Nenhum momento nos renderam pra livrar o cara… que nem ‘tava’ mais lá. Saíram fuzilando tudo pela frente. Fiquei ferido e arrombei a sala de armas e joguei um armário de ferro no chão e deitei… 

Eles arrombaram a porta de trás e machucaram o policial Mineiro, levou um tiro de raspão no pé e várias coronhadas com fuzil. E nisso muitos tiros e granadas etc. 

Chegando cada vez mais perto achei que não passaria daquela noite e ia encontrar meu pai… 

Porque eles gritavam toda hora que iam matar todo mundo. Depois ficou um silêncio e chegou um PM dizendo hope. 

Achei que tinha matado todos e que também iria. 

Nem sei explicar a sensação… ficamos acuado dentro da nossa casa.” 

Prisões

Pelo menos quatro bandidos foram presos e um criminoso morto durante operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, neste domingo (16), nas comunidades Vai Quem Quer, Rua 7, Santa Lúcia, Rasta e Rodrigues Alves, em Duque de Caxias.

A ação ocorre após criminosos metralharem uma delegacia em Duque de Caxias, quando bandidos liderados pelo traficante Joab da Conceição Silva tentaram resgatar dois indivíduos que haviam sido presos horas antes.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Policial relata momentos de terror na delegacia fuzilada no RJ no site CNN Brasil.

Pelo menos quatro bandidos foram presos e um criminoso morto durante operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, neste domingo (16), nas comunidades Vai Quem Quer, Rua 7, Santa Lúcia, Rasta e Rodrigues Alves, em Duque de Caxias.

A ação ocorre após criminosos metralharem uma delegacia em Duque de Caxias, quando bandidos liderados pelo traficante Joab da Conceição Silva tentaram resgatar dois indivíduos que haviam sido presos horas antes.

Ainda segundo a polícia, dezenas de traficantes participaram do ataque à 60ª DP (Campos Elíseos).

Além dos criminosos presos e morto, foram apreendidos uma granada e drogas.

A operação ainda seguirá ao longo deste domingo.

O ataque

Vídeos mostram o momento em que os criminosos aparecem atirando na frente da delegacia. Em outras imagens é possível ver carros com bandidos e motos passando em alta velocidade pelas ruas do bairro.

“No início da noite, sob o comando de Joab da Conceição Silva, uma das lideranças da facção, dezenas de narcoterroristas entraram na delegacia na tentativa de resgatar os comparsas, que já haviam sido transferidos para a sede da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter), na Cidade da Polícia. Houve intensa troca de tiros entre os policiais e os criminosos”, diz a Polícia Civil.

Dois policiais ficaram feridos e foram socorridos para o Hospital Adão Pereira Nunes. Ambos já receberam alta médica. A Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal foram acionadas.

A Polícia Civil informa que está solicitando a transferência dos dois presos para presídio federal. “Neste momento, a Polícia Civil realiza operação nas comunidades Vai Quem Quer, Rua 7, Santa Lúcia e Rodrigues Alves, em Duque de Caxias, para localizar e capturar os envolvidos no ataque, sem prejuízo de outras ações a qualquer hora e em qualquer lugar”, diz a corporação.

Veja os vídeos:

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O governo estadual do Rio deflagrou na segunda-feira (10) a Operação Chittagong, que interditou um dos maiores estaleiros que fazia o desmanche ilegal de dois navios, às margens da Baía de Guanabara, na capital. Segundo o governo, o estaleiro é uma espécie de ferro-velho marítimo, que atuava sem licença e provocava contaminação do solo e lançava resíduos tóxicos na Baía.

A operação foi realizada por técnicos da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e do Comando de Polícia Ambiental. A multa pode variar entre R$ 10 e R$ 50 milhões.

Durante a operação, nove pessoas foram notificadas, entre elas o gerente da empresa, que foi encaminhado para a delegacia para responder criminalmente.

Entre as infrações ambientais constatadas estão a poluição do solo por vazamento de óleo e poluição hídrica da Baía de Guanabara; operação de atividade de descomissionamento – processo de desativação de um sistema ou empreendimento – sem licença ambiental e acondicionamento irregular de produto perigoso.

Em agosto de 2024, o Inea já tinha notificado a empresa para paralisar o trabalho por conta de um abuso de licença, já que o empreendimento tinha uma permissão municipal de reparo de embarcação e não de descomissionamento.

“O governo do estado tem sido duro e implacável contra esses crimes ambientais. Pela segunda vez estamos fechando essa espécie de ferro-velho de navios, que muitas vezes são responsáveis por jogar peças obsoletas no mar, além de outros poluentes. Estamos promovendo um intenso trabalho de despoluição da Baía de Guanabara e esse trabalho de fiscalização e inteligência é essencial para alcançarmos essa meta”, afirmou o secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.

A operação é a segunda neste ano voltada para interdição de estaleiros irregulares no estado. Na semana passada, o governo interditou mais um local que descumpria a legislação ambiental, no Caju, onde um estaleiro funcionava sem qualquer licença para o descarte de materiais.

A descoberta do serviço ilegal executado pelo estaleiro ocorreu após uma denúncia aos agentes do Inea. Durante três semanas, o núcleo de inteligência investigou e monitorou as atividades e observou a retirada de peças de navios de forma inadequada, sem qualquer cuidado ambiental e que ainda expõe os operários a materiais tóxicos. Eles usavam maçaricos e fogo para cortar o aço da embarcação, de onde escorria uma enorme mancha de óleo que se estendia por dezenas de metros na Baía de Guanabara.

É estimado que cada embarcação mantenha entre 20 e 30 mil litros de resíduos contaminantes, a maioria deles óleos lubrificantes. O local também contém altas taxas de mercúrio, amianto e chumbo.

Para atuar legalmente, além do credenciamento, o estaleiro tem que ter um plano de descarte com critérios técnicos de reciclagem e proteção ambiental. Além da destinação do material, também devem ser observados os cuidados com  contaminação das águas e do lençol freático pelos produtos químicos armazenados nos cascos dos navios.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Rio interdita estaleiro que fazia desmanche ilegal de navios no site CNN Brasil.